Encontro comemora os 50 anos do Puma na África do Sul

Esportivo brasileiro começou a ser produzido lá em 1973 sob licença. O Puma sul-africano tem o volante do lado direito

Um encontro celebrou o cinquentenário da fabricação do Puma na África do Sul. Sua história por lá é cheia de altos e baixos. Em 1970, um sul-africano em visita ao Brasil, chamado Vic Borcherds, foi conhecer a fábrica da Puma, em São Paulo. Se apaixonou pelo carro e levou um para seu país. Daí surgiu a ideia de fabricá-lo lá mesmo. Conseguiu a licença da Matriz brasileira. Mas esbarrou em um problema: o Puma usava chassi do Karmann Ghia, que não estava disponível na África do Sul. A solução foi alterar algumas medidas da carroceria e adotar o chassi e mecânica do Fusca. Outro detalhe: lá os carros adotam o volante do lado direito, uma herança da colonização britânica.

Baixa produção e troca de mãos

A produção teve início em 1973, mas durou menos de dois anos. Nesse período foram fabricados 357 Pumas. A fábrica falida foi vendida para Jack Wijker, um holandês radicado na África. No início ele importou Pumas do Brasil, mas como a situação da Puma estava complicada aqui, em 1989 voltou a fabricar o esportivo lá. Mas a produção foi bastante baixa: 26 carros em dois anos.

Depois de passar por problemas particulares que o impediram de tocar o negócio por vários anos, Wijker voltou a fabricar o Puma em 2006, mas ainda com baixa produção e apenas sob encomenda, o que durou pelo menos até 2014.

A última notícia que tivemos foi que a fábrica da Puma na África do Sul estava novamente a venda em 2016.

Apesar de todas essas atribulações, o Puma mantém ainda hoje um grupo de fiéis entusiastas por lá. Todas as atribulações envolvendo a história do esportivo naquele país e sua baixa produção, justificam o pequeno número de carros nesse evento que aconteceu entre os dias 7 e 9 de abril, em Gariep.

E olha só que legal! De quebra, entre os Pumas sul-africanos, um genuíno brasileirinho VW SP2 1976.