Com motor V8 de 390hp e essas bem-transadas faixas, ele foi produzido apenas por um ano, com baixa tiragem
Se perguntarmos a um grupo de entusiastas, qual o primeiro carro que lhes vem à cabeça em se tratando de muscle car, a grande maioria irá responder Dodge Charger, Plymouth Barracuda, Pontiac GTO, Oldsmobile 442, Ford Mustang, Chevrolet Camaro e outros modelos das tais “Três Gigantes”. E com 99% de certeza, ninguém irá responder AMC Rebel The Machine. Já tinha ouvido falar nele?
A combativa American Motors Corporation — AMC — também atuou no segmento dos Muscle Cars, com modelos interessantes entre meados dos anos 1960 e início dos 1970, mas que jamais ganharam as mesmas famas dos produzidos pela General Motors, Ford e Chrysler. É o caso do Javelin, do AMX e até do fastback Marlin (ainda na fase Rambler).
Sedan de 4 portas e station wagon: versões convencionais do AMC Rebel
E o AMC Rebel The Machine?
Ele foi fabricado apenas em 1970 com o uma série esportiva da linha AMC Rebel, lançada em 1967 e composta de modelos típicos de “tiozão”, — embora fossem também bastante potentes — com sedans de duas e quatro portas, coupê e station wagon. Houve ainda entre 1967 e 1968 uma versão conversível.
![AMC Rebel The Machine](https://www.maxicar.com.br/wp-content/uploads/2023/12/AMC-Rebel-The-Machine-prop.jpg)
Uma rara propaganda do The Machine
O AMC Rebel The Machine teve produção de apenas 2.000 unidades, a esmagadora maioria com esse padrão de pintura branca, com faixas vermelhas e azuis, ao estilo “multicolor” um pouco acima do tom e beirando o mal gosto, que sempre caracterizou a AMC (vide o Gremlin, por exemplo), mas que na nossa opinião caiu muito bem nesse musculoso esportivo. Mais norte-americano impossível! No entanto, existem exemplares, azuis, vermelhos e verdes e com padrões de faixas diferentes.
Destaques dos classificados
![AMC Rebel The Machine](https://www.maxicar.com.br/wp-content/uploads/2023/12/AMC-Rebel-The-Machine-vermelho.jpg)
Dois exemplares vermelhos com padrão de faixas simplificado
Não à toa essa versão do Rebel ganhou o sobrenome “The Machine”. Ele tinha o motor V8 exclusivo, o mais potente de toda a linha Rebel e até que os demais muscle cars da AMC: o 6.4L com 390 polegadas cúbicas e carburador de corpo quádruplo. Rendia 340hp. O câmbio era exclusivamente de 4 marchas no assoalho.
Raros e valiosos
O padrão de acabamento interno era espartano, mas de ótima qualidade. Os bancos altos com botões nos encostos tinham modelo parecido com o adotado no Dodge Charger R/T brasileiro. O painel tinha velocímetro com graduação horizontal. E olha só que legal: o conta-giros ficava lá fora, sobre o capô, certamente “inspirado” no Pontiac GTO de 1968 a 1970. As rodas eram de aço, com sobre-aros cromados. Esse de nossas fotos, está com as do famoso modelo esportivo Magnum, que lhe caíram muito bem.
![](https://www.maxicar.com.br/wp-content/uploads/2023/10/wz-1.jpg)
Atualmente, bons exemplares do AMC Rebel The Machine são bastante raros até nos EUA e nunca tivemos notícias de nenhum aqui no Brasil (está aí a dica para quem quer importar um muscle car diferente!). Pode custar até US$ 50 mil (cerca de R$ 250 mil ao cambio atual).
Aposto que você ficou impressionado com “A Máquina” da AMC!
Redação e edição: Fernando Barenco
Fotos: Ebay e propagandas de época
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