10 Perguntas ao Presidente, com Fatima Barenco Conteúdo Nossos Colunistas

AMAURI LÚCIO DE OLIVEIRA – Clube do Fusca de Belo Horizonte, MG

Fusca: “a cereja do bolo”

[dropcap]B[/dropcap]em, ele se descreve assim: “Sou uma pessoa simples, de bem com a vida. Adoro fazer amizades e estar entre amigos. Tenho uma família maravilhosa, com dois filhos que são o meu orgulho. E minha esposa Silvana, companheira inseparável, que está sempre me apoiando em tudo que faço. Trabalho com restauração de Fuscas e hoje em dia tenho o prazer de fazer o que realmente gosto.”
Nossa entrevista desse mês é com essa pessoa de alto astral, super simpática, grande amigo e presidente há 9 anos do Clube do Fusca de Belo Horizonte, Amauri Lúcio de Oliveira.

  Como surgiu o Clube do Fusca de Belo Horizonte? Para quem quiser fazer parte do clube, o que é Hoje em dia para participar do nosso clube basta acessar nosso site www.clubedofuscabh.com.br e fazer o cadastro. preciso?

    “A nossa maior realização foi a transformação de um simples encontro de Fuscas em um verdadeiro encontro de amigos”

 Fala pra gente sobre as atividades que vocês realizam. E pelo que tenho visto são inúmeras…

Amauri – O Clube realiza um encontro mensal todo terceiro domingo de cada mês, de 09:00 às 13:00 h, na rua Josafá Belo, ao lado do Museu Histórico Abílio Barreto, no Bairro Cidade Jardim em Belo Horizonte – MG. Realizamos também passeios e viagens para cidades do interior de Minas Gerais.

Encontro realizado pelo Clube do Fusca de Belo Horizonte

  Em sua gestão, o que considera como uma grande realização do clube?

Amauri – A nossa maior realização foi a transformação de um simples encontro de Fuscas em um verdadeiro encontro de amigos, onde todos podem levar os seus afins para conviverem em um ambiente agradável, saudável e familiar.

  Entre passeios e eventos, conte um fato marcante.

Amauri – Temos o privilégio de ter uma associada com 78 anos, D. Lourdes, que faz questão de participar de nossos eventos ao volante de sua Variant 76, impecável e de placa preta. Ela é a primeira mulher a tirar carteira profissional em Belo Horizonte. Assim que chega chama a atenção de todos com sua simpatia, carisma, além dos seus belíssimos olhos azuis…

Dona Lourdes e sua Variant 1976

  Como você avalia o antigomobilismo no Brasil?

Amauri – Ainda estamos engatinhando… O antigomobilismo é representado por uma pequena parte de um grupo de colecionadores que bravamente tenta manter veículos importantes da indústria automobilística, mas sem nenhum incentivo externo.

  Como e quando surgiu sua paixão pelos carros antigos? O Fusca sempre esteve presente em sua vida? E a família curte junto essa paixão?

Amauri e a esposa Silvana, fotógrafa oficial e incentivadora

Amauri – Nasci em 1960, portanto minha infância e adolescência foram exatamente na época áurea dos Fuscas. Ter um fusca sempre foi o sonho para qualquer jovem daquela época e eu não seria diferente. Hoje em dia mobilizo toda a família para participar do clube. Minha esposa, Silvana, é a nossa fotógrafa oficial e não deixa nada escapar aos seus olhos lindos e atentos… É ela quem organiza nosso site. Meu filho Alexandre mora fora do país, na Alemanha, mas está sempre acompanhando pela internet. Minha filha Aline participa sempre com seu namorado Jorge.

 Placa Preta. Está banalizada? Qual a sua opinião sobre o assunto?

Amauri – Acredito que ainda falta muito para que a placa preta seja realmente utilizada para o fim a que se destina. Infelizmente virou fonte de arrecadação.

  Estamos já há muito tempo acompanhando o desenrolar do fechamento de mais um Museu de Carros antigos, passamos pela Ulbra e agora o Museu Nacional do Automóvel de Brasília, do curador Roberto Nasser. É triste ver tanto descaso quando se luta preservação de uma história. Gostaria de ouvir a sua opinião sobre o assunto.

    “Nasci em 1960, portanto minha infância e adolescência foram exatamente na época áurea dos Fuscas.”

Amauri – O descaso no Brasil é geral. Somos um povo sem memória. Infelizmente nem as próprias fábricas fazem questão de manter suas próprias histórias.

  O lançamento no Brasil do novo “Fusca” pela Volkswagen é o assunto do momento e que vem gerando uma certa polêmica. Seria o “primo rico” aproveitando a fama do “primo pobre”. O que você acha dessa novidade?

A VW decidiu chamar o novo Beetle de Fusca no Brasil

Amauri – Depois da primeira tentativa com o New Beetle agora a Volkswagem pega carona no sucesso do nome para tentar algum sucesso. Para mim é só jogada de marketing, mais nada. Fusca é Fusca e o resto são tentativas…

 Nossa entrevista está chegando ao fim e deixamos aqui com a palavra o nosso grande amigo e presidente Amauri, com quem tive a honra de bater um papo, para que deixe uma mensagem aos antigomobilistas que prestigiam o Portal Maxicar e agradeço por podermos mostrar um pouco mais sobre os clubes de carros antigos no Brasil..

Amauri – Meus agradecimentos a você Fátima e ao Fernando pelas belíssimas coberturas dos eventos por este Brasil afora. Gostaria muito de agradecer a todos que trabalham pela conservação dos veículos antigos de um modo geral e principalmente àqueles que contribuem para que o nosso FUSCA seja sempre “a cereja do bolo”, como sempre foi.

 

 

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