Repórter Maxicar

O Opala de Sarah Kubitschek

Opala Sarah Kubitschek

Comodoro 1975 que pertenceu à primeira-dama hoje encontra-se em Niterói-RJ. Viúva do Presidente Juscelino adquiriu o carro quando vivia em Copacabana, no Rio

Um certo Chevrolet Opala 1975 foi a principal atração do 1° Encontro Nacional de Opalas, que aconteceu nos dias 22 e 23 de outubro. É que além de maravilhoso, com sua brilhante pintura preta, ele teve como primeira proprietária uma figura ilustre da história do Brasil: Sarah Kubitschek.

Casada com o Presidente Juscelino Kubitschek, ela foi a primeira-dama do Brasil de 1956 e 1961. Ficou viúva em 1976, quando seu marido foi vítima de um acidente — em circunstâncias bastante suspeitas — na Via Dutra, quando vinha de sua fazenda em Luziânia-GO para o Rio de Janeiro, a bordo de outro Opala, um 1970.

Sarah Kubitschek

O Opala de Sarah Kubitschek

Este Comodoro chegou às suas mãos zero quilômetro, quando ela vivia no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde permaneceu até 1991.

Trata-se de um Sedan de quatro portas, do ano de lançamento dessa versão de luxo do Opala. D. Sarah foi sua proprietária até 1979, quando decidiu vendê-lo. Foi então comprado por um senhor de Niterói-RJ, a quem pertenceu durante vários anos. Com sua morte, foi herdado por seu filho Christian, que fez questão de preservar o carro, em homenagem ao pai.  

Assim, durante vários anos o Opala permaneceu com pouquíssimo uso, guardado e encapado na garagem de um edifício.

O guardião

Opala de Sarah Kubitschek

Atualmente o colecionador Eduardo Orsini mantém o Opala de Sarah Kubitschek sob seus cuidados

R$ 110.000,00

Mercedes-Benz 300 SL 1992
R$ 195.000,00

VW Fusca 1200 1965
R$ 49.000,00

R$ 25.000,00

VW Saveiro Summer 1996
R$ 70.000,00

Alfa Romeo 2300 Ti4 1985
R$ 95.000,00

Fiat Coupê 1995
R$ 60.000,00

R$ 32.000,00

R$ 48.900,00

FNM 2000 JK 1963
R$ 175.000,00

MG TD 1953
R$ 190.000,00

Porsche 924 1977
R$ 150.000,00

VW Brasília 1976
R$ 30.000,00

R$ 14.000,00


Sem tempo para cuidar do carro devidamente, em 2019 Christian passou a deixá-lo aos cuidados do colecionador Eduardo Orsini, também de Niterói, que nos contou: “Ele se tornou amigo de minha filha, que depois de tomar conhecimento da história do carro, me perguntou se o Christian poderia guardá-lo em minha garagem”.

A princípio Orsini não gostou muito da ideia de ter o automóvel de outra pessoa sob sua responsabilidade. Mas quando conheceu Christian, o Opala e seu histórico, acabou concordando. Assim, se tornou o seu guardião até hoje. Consequentemente, Orsini e Christian viraram grandes amigos.

Quando o Opala de Sarah Kubitschek chegou às suas mãos, permanecia em boas condições, mas carecia de cuidados, principalmente estéticos. Ele então providenciou uma revisão mecânica geral, revitalizou a pintura (que hoje parece um espelho), refez os cromados, comprou novas calotas, pneus…

Características

1975 foi um ano marcante para a Linha Opala. Além do primeiro “facelift”, foi lançada a versão station wagon Caravan e o novo top de linha Comodoro (em substituição ao Gran Luxo).

Esse é um Sedan na cor “Preto Formal”, com teto em vinil também preto. O motor é o 6 cilindros 4.100 — única opção para o Comodoro naquele ano — com câmbio manual de 4 marchas no assoalho. Detalhes externos incluem as calotas com o centro da cor do carro, emblema “C” (de Comodoro) na coluna traseira e o letreiro “CHEVROLET” em letras individuais acima da grade.

É equipado com ar-condicionado e direção hidráulica, ambos de fábrica.

Internamente, vários detalhes imitando madeira no painel, centro do volante e forrações de portas, dão aquele ar de sofisticação. O assoalho é acarpetado. Embora tivesse como padrão os bancos dianteiros separados e com encosto de cabeça, esse possui bancos baixos, que eram opcionais e poucas vezes escolhidos pelos clientes, o que torna a configuração desde rara. Todo o interior permanece o de fábrica.

Texto, edição e fotos: Fernando Barenco

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