Coberturas

XXVI Encontro de Veículos Antigos da Posse – Petrópolis, RJ

Hora da despedida

Após 26 edições, Gilberto Nassif passa a organização desse tradicional evento para um grupo de jovens antigomobilistas

Um dos mais antigos encontros de automóveis antigos do Brasil acaba de mudar de mãos. O idealizador e organizador do Encontro de Veículos da Posse — Gilberto Nassif — anunciou na 26ª edição do evento, que aconteceu no último domingo, 29 de julho, que a partir do ano que vem ele estará aos cuidados de um grupo de jovens antigomobilistas daquele distrito de Petrópolis, que já vinha colaborando com Nassif há alguns anos.
— Mas não vou me afastar totalmente. Agora eu é que vou colaborar com eles — comentou Gilberto.

Gilberto Nassif (e) ‘passou o bastão’ para os Batutinhas

Funcionando ainda como uma confraria, o Batutinhas Car Clube foi formado há 5 anos e já tem realizado pequenos encontros. Com 20 membros ativos, pretende seguir a receita de Nassif, mas promete novidades já no ano vem:
— Queremos transformar o evento em beneficente, com inscrições em troca de doação de alimentos e agasalhos, já que continuará acontecendo nesta mesma época de inverno — nos contou um dos ‘Batutinhas’.

Maurilio Alvim ao lado de seu Opala 1970: homenagem

Este ano o modelo homenageado foi o Opala, que está completando 50 anos de seu lançamento em 2018. E para representa-lo foi escolhido o Sedan de Luxo 1970 do colecionador de Juiz de Fora – MG, Maurílio Alvim, que tem em sua garagem outros clássicos da ‘marca da gravatinha’: Caprice 1980, Bel Air 1956 e outro Opala: um Coupê de Luxo 1973.

Aliás, o evento esteve bem servido de GMs. Camaros Type LT 1974 foram dois: um vermelho e o outro marrom. O preparador de Nova Friburgo – RJ Renato Pinto Alves nos apresentou sua invocada pick-up GMC Sonoma 1994, com um V8 350 com mais de 300cv e um lindo ronco. Bastou ligar o motor para começar a juntar admiradores…


Caminhão plataforma GMC 350 COE 1951, Kadett GSi 1994, Impala 1962, Veraneio 1969 e um moderno Camaro Conversível 2014 foram alguns dos outros GMs desta edição.

Os dois lados da II Guerra Mundial

Entre os veículos militares, foi interessante observar lado a lado dois ícones da Segunda Guerra Mundial, que estiveram em posições opostas durante o conflito. De um lado o americano Jeep Willys MB 1943, usado pelas Forças Aliadas e do outro o Volkswagen Kübelwagen do Exército Nazista, sendo este uma réplica muito bem fabricada pelo engenheiro Franklin Lenneberg e que já foi tema de reportagem aqui no Maxicar. Vale a pena ler!

O Taurus de Luciano é fiel aos taxis de Nova York dos anos 1990

Já o empresário Luciano Bordignon nos mostrou seu taxi nova-iorquino Ford Taurus 1995 amarelo, é claro (referência à famosa Yellow Cab., que sempre vemos nos filmes americanos). A réplica é muito fiel, com todos os adesivos e demais detalhes dos taxis originais de Nova York, inclusive letreiro de teto com propaganda de espetáculo em cartaz. Bordignon possui também outro Taurus do mesmo ano, personalizado como radiopatrulha americana. E ele já nos avisou que vem mais novidades por aí!

O Ford Modelo A chegou sem problemas

O carro mais antigo do evento também foi um Ford: o popular Modelo A 1928. Tivemos a oportunidade de passar por ele a caminho do evento. Vinha todo orgulhoso vencendo os vários quilômetros da BR-040 que separam o Centro de Petrópolis do Distrito da Posse.

Renk e o 147 C 1984/85

Modelo cada vez mais reconhecido pelo colecionadores e mais presente nas exposições, o 147 da Fiat esteve representado por ótimos exemplares, como o C 1984 de Ricardo Renk, de Juiz de Fora-MG, que fez questão de nos informar que se trata de um ‘duas cabeças’: 1984 modelo 1985 e que há diferenças para os 84/84. Realmente, Ricardo, a beleza do antigomobilismo está nesses detalhes!

Adamo: fora-de-série nacional

Os foras-de-série brasileiros estiveram presentes através de um raro Adamo GTL 1979. Seu nome tem origem latina e significa ‘amante ardente’, e suas linhas são inspiradas numa Ferrari, embora sua performance seja bem menos ardente, já que ele segue a receita padrão dos esportivos nacionais de pequena produção da época: plataforma e mecânica Volkswagen, com carroceria em fibra de vidro.

Havia ainda muitos raros modelos dos inícios da indústria automobilística nacional: Simca Tufão 1966, DKWs Candango 1961 e Balcar 1966, Gordini 1964, Karmann Ghia 1965 e Aero Willys 1967.

A trilha sonora ficou por conta da COP Band, a banda oficial do Clube do Opala de Petrópolis, que agora tem nova formação. No repertório, clássicos do Rock americano e nacional.

A COP Band deu o tom da festa

Encerrando, desejamos felicidades ao incansável Gilberto Nassif, que por mais de duas décadas, com muita descontração, manteve o distrito petropolitano da Posse no circuito do antigomobilismo fluminense — sempre cercado de muitos amigos. À rapaziada do Batutinhas, todo sucesso nessa nova empreitada!


ÁLBUM DE IMAGENS


Texto: Fernando Barenco
Fotos e edição: Fátima Barenco e Fernando Barenco

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