A história de um dos carros mais admirados de sua época

60 ANOS NO BRASIL

O VW Karmann-Ghia nasceu na Alemanha em 1955. Foi desenhado pelo estúdio italiano Carrozzeria Ghia em parceria com a alemã Karmann Karosseriewerk. Daí o seu nome.

Nos anos 1950 a Volkswagen fabricava apenas o Fusca e a Kombi, ambos com enorme sucesso. Mas já era hora de dar um passo à frente, lançando algo mais sofisticado. Então optou-se por um esportivo.

O primeiro protótipo do Karmann-Ghia foi apresentado em 1953. A concepção era a mesma do Fusca: chassi com túnel central e motor boxer refrigerado a ar, instalado na traseira. Seu nome interno era Type 14.

Os primeiros Karmann-Ghias alemães tinham design um pouco diferente do lançado no Brasil na década seguinte: as lanternas traseiras eram quadradas e a frente tinha formato mais arredondado.

Oficialmente era um 2+2, mas no banco traseiro cabiam apenas crianças. O porta-malas também era pequeno, como é comum nos esportivos. Media 4,14 metros de comprimento, pesando apenas 830 kg.

O sucesso foi absoluto, na Europa e também nos EUA, vendendo cerca de 10 mil carros já no primeiro ano. Lá, a versão Conversível chegou em 1957.

Aqui a história se repetiu. A Volkswagen quis diversificar sua linha, e viu potencial para o esportivo fabricado na Alemanha.  Assim, em 1962, nascia o Karmann-Ghia brasileiro, que está completando 60 ANOS.

1962 Nasce o Karmann-Ghia brasileiro

O estilo era incrível. Já a potência... Apenas 36cv, gerados pelo motor 1.200. O mesmo do Fusca. Era um dos modelos mais caros do Brasil. Carro para poucos.

Em 1967, o desempenho melhorou um pouco, com o lançamento do motor 1500 (o mesmo da Kombi), de 52cv. A VW o chamou de “tigrão” na propaganda. Nunca existiu Karmann-Ghia 1300.

Em 1968, novidades no estilo: lanternas traseiras maiores substituíram as pequenas “canoas”. No interior nova painel com forração “jacarandá” e novos instrumentos.  Novas rodas, exclusivas para o modelo.

O painel antigo e o novo

Foi também em 1968 que nasceu a icônica versão brasileira Conversível, com produção de apenas 177 exemplares, com carrocerias numeradas.

Mais novidades em 1970: a potência foi novamente ampliada, com o motor 1600 de 65cv. O Karmann-Ghia ganhou novas rodas e calotas, novos parachoques, freios a disco, novo retrovisor e pouco estéticos quebra-ventos.

Foto: Karmann-Ghia Club RJ

Mas a Volkswagen avaliou que era o momento de renovar e assim lançou uma nova versão do Karmann-Ghia, o TC. Esse exclusivo no Brasil. Tinha leve inspiração no Porsche 911. Em paralelo, a versão clássica continuou a ser fabricada.

A concepção mecânica do TC era a mesma. Mas seu motor era da versão “plana” (como na Variant), com dois carburadores. Assim, um pouco mais potente.

O Karmann-Ghia clássico saiu de cena no início 1972. Em 10 anos, foram produzidos 23.400 coupês, além dos 177 conversíveis.

E o TC não alcançou o sucesso desejado e deixou de ser fabricado três anos depois.

Com suas linhas graciosas, ainda hoje o Karmann-Ghia atrai olhares e desperta sorrisos por onde passa. Tornou-se um dos mais cobiçados e caros modelos clássicos nacionais.

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