Coberturas

XXXIV Exposição de Automóveis Antigos de Teresópolis, RJ

A organização do evento se concentrou na sede da Prefeitura (à direita)

XXXIV Exposição de Automóveis Antigos de Teresópolis, RJ

Abram alas…!

Em cima da hora, espaço do evento teve que ser ampliado para tentar acomodar todos os automóveis participantes

[dropcap]O[/dropcap] Centro de Teresópolis – RJ parou neste domingo, 10 de julho, para acompanhar a 34ª edição da Exposição de Automóveis Antigos, organizada pela rapaziada dos Amigos do Antigo. O evento aconteceu na Avenida Feliciano Sodré e teve como ‘quartel general’ a sede da Prefeitura Municipal.

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Avenida Feliciano Sodré, por volta das 11 horas da manhã

Desde às 8 horas da manhã os automóveis começaram a se perfilar nas imediações. Antigomobilistas não apenas de Teresópolis, mas dos quatro cantos do Estado do Rio de Janeiro: Região Serrana e dos Lagos, Capital, Baixada Fluminense, Norte, Sul e Noroeste Fluminense. E ainda entusiastas mineiros, de cidades como Juiz de Fora e Além Paraíba.

O Secretário de Turismo Elias Martins (de camiseta branca) ao lado de alguns organizadores do evento: Amanda, Sérgio Castelo Branco e Francisco
O Secretário de Turismo Elias Martins (de camiseta branca) ao lado de alguns organizadores do evento: Amanda, Sérgio Castelo Branco e Francisco. Ao fundo, alimentos arrecadados

Rapidamente, o trecho inicialmente destinado à exposição ficou completamente tomado, o que levou à Prefeitura a autorizar o bloqueio de novos quarteirões de uma ponta e de outra da Avenida. De acordo com os organizadores, os 300 kits do expositor se esgotaram rapidamente. Mas grande parte daqueles que chegaram mais tarde e por isso não puderam mais fazer a sua inscrição, ainda assim fizeram a doação dos 5 quilos de alimentos previstos. Assim, foi possível fazer um cálculo aproximado de número de veículos participantes, que ultrapassou fácil os quinhentos, com vários deles tendo que se contentar em estacionar na pista de descida, fora da área do evento.

A feira de peças ficou instalada numa rua transversal
A feira de peças ficou instalada numa rua transversal

Como já é tradição, a exposição foi marcada pelo ecletismo, com veículos das mais variadas tendências: os antigos ‘natos’ — originais com mais de 30 anos; os modificados — hot rods, rats ou simplesmente personalizados ao gosto do proprietário; e os ‘novos clássicos’ — fabricados a partir do final dos anos 1980, até o início de 2000.

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Pick-upinha azul: destaque entre os Volkswagens

O número de Volkswagens refrigerados a ar foi grande (é claro!). Entre Fuscas, Variants, TLs e outros modelos da ‘família’, originais e rebaixados/enferrujados, quem roubou a cena foi um muito bem executado projeto de VW Pick-up a partir de um Fusca 1968 Azul Real. Seu idealizador é o lanterneiro e pintor Jorge ‘Bala’, que não quis aparecer na foto, mas nos contou que fez outros quatro Fuscas como esse.

Karmann-ghias num festival de cores. No detalhe, o carro acidentado
Karmann-ghias num festival de cores. No detalhe, o carro acidentado

O Karmann Ghia Clube do Rio de Janeiro ajudou a ampliar a participação desse grande esportivo nacional no evento. Somente do clube eram nove exemplares, nas versões Coupê, Conversível e TC. Um deles, infelizmente, sofreu um pequeno acidente no percurso para Teresópolis, danificando bastante sua frente e certamente o ‘coração’ de seu proprietário. Nada que um bom profissional não dê jeito!

Dupla de Fords F100
Aqui a dupla de Fords F100

 

E aqui a as Chevrolets dos amigos
E aqui as Chevrolets dos amigos Gilberto (e) e Samuel

Várias pick-ups tomaram conta da avenida: Ford F1 1951; uma bela dupla de Fords F100 do final dos anos 1950 — uma vermelha e uma amarela; uma curiosa GMC 1952 construída a partir da cabine de um caminhão COE, aquele de ‘cara chata’. Do acervo do Clube Clássicos de Magé, duas Chevrolets: uma nacional e uma importada. A 3100 Brasil 1964 de Samuel Vidal ganhou o carinhoso apelido de ‘Jocasta’. Já 3100 ‘Boca-de-Sapo 1953 de Gilberto Nóro chama muito a atenção pelo fato de estar ainda estado original, sem restauração, nos remetendo a velhos filmes americanos. Muito estilosa!

O compacto Austin e o imponente Imperial
O compacto Austin e o imponente Imperial

Entre os originais de passeio importados, um pequeno inglês Austin 1300 1968 — modelo bem raro no Brasil, apesar de bem popular em seu pais de origem. Assim como o Mini Cooper, foi fabricado sob várias marcas e em vários países: Austin, Morris, MG e até Innocenti, a fabricante italiana da Lambretta. Em contrapartida em tamanho e estilo, um chamativo americano Imperial Le Baron 1970, um automóvel de prestígio da Chrysler.

Reluzentes Fiats da década de 1980
Reluzentes Fiats da década de 1980

Parecendo ter acabado de sair da concessionária mais próxima, uma dupla de Fiats da Linha 147: uma pick-up City e um 147C, ambos vermelhos. Ela 1986, ele 1987. Opala Clube do Rio de Janeiro e Clube do Opala de Petrópolis levaram muitos exemplares desse histórico nacional, fabricado por longos 24 anos. Destaque para três belos SS: 1974 vermelho, 1976 branco e 1978 laranja.

Acima, Opala SS e Kombis. Abaixo Landau 1973
Acima, Opala SS e Kombis. Abaixo LTD Landau 1973

Galaxies, Mavericks, Kombis, Passats, Gordinis, DKWs, Corcéis, Aero Willys, Pumas e MP Lafers completaram o time dos mais antigos. Havia ainda Santana, Saveiro, Voyage, Gol, Tempra, Omega, Monza e outros modelos mais modernos que já começam a aparecer nos encontros de antigomobilismo.

Devalsir e algumas 'magrelas' de sua coleção
Devalsir e algumas ‘magrelas’ de sua coleção

O colecionador Devalsir de Jesus expôs uma pequena amostra de seu acervo de 60 bicicletas clássicas. Em destaque três modelos de uma marca que é velha conhecida dos brasileiros, a Monark: uma sueca fabricada 1949, uma Galáxia 1967 e uma singela Monareta Dobrável da década de 1970.

Por volta das onze horas a avenida já estava completamente tomada pelo público, composto por moradores de Teresópolis e por muitos turistas que aproveitavam a gostosa manhã de domingo da Serra Fluminense.

   EXPOSIÇÃO       MOMENTOS & AMIGOS

Texto: Fernando Barenco
Fotos e edição: Fátima Barenco e Fernando Barenco

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