10 Perguntas ao Presidente, com Fatima Barenco Conteúdo Nossos Colunistas

RICARDO DESLANDES — Rio Minas Clube de Veículos Antigos

União é a base da “Família Rio Minas”

[dropcap]H[/dropcap]á 2 anos entrevistei o então presidente do Rio Minas Clube de Veículos Antigos, Edivar Gomes. Ele nos contou como surgiu o clube e sobre a particularidade de ter diversos núcleos. Hoje volto novamente ao Rio Minas, para mostrar que essa nova fórmula vem gerando muitos frutos.
E agora nessa nova gestão, está à frente da presidência do clube mais um grande amigo: Ricardo Nascimento Deslandes, que nos conta um pouco de sua vida e como o antigomobilismo começou a fazer parte de sua vida. “Nasci em Itaperuna-RJ, de onde saí ainda na adolescência para fazer o 2°grau em Niterói e por lá concluir minha Faculdade de Engenharia na UFRJ. Sou casado há quase 30 anos com Ana Maria e temos três filhos, que são para nós motivo de muito orgulho: Ricardo Junior — engenheiro, Rodrigo e Aline — médicos. Sou amante de carros antigos desde minha adolescência e deste àquela época tenho como companheira a Ana em minha vida. Gosto de tudo que tem relação com velocidade e motor. Tempos atrás comecei a fazer aeromodelismo, mas devido às minhas atividades, tive que dar um tempo. Meu hobby é sempre estar com minha família, principalmente assistindo Fórmula 1 — e todos os programas que dizem respeito ao automobilismo —, ou a bordo de um antigo.”


  “Um dos principais fatores que viabilizam a realização dos eventos do nosso clube é a ajuda que um núcleo dá ao outro, seja garantindo a presença nos eventos ou participando da organização”

1.gifQuantos núcleos o Rio Minas possuí hoje? E onde estão localizados? Tem algum novo núcleo vindo por aí?

Ricardo – Nosso Clube possui 8 núcleos e estão localizados em Muriaé (MG), Itaperuna, Bom Jesus do Itabapoana, Campos dos Goytacazes, Macaé, Rio das Ostras, Cabo Frio e Rio de Janeiro (RJ). Em breve consolidaremos um novo núcleo e o que podemos adiantar é que será mais um em Minas Gerais.

  O Rio Minas tem realizado através de seus núcleos, eventos que já se tornaram marcantes e esperados como: Raposo, Macaé, Campos dos Goytacazes e Santa Maria Madalena. Como você avalia todo esse sucesso?

Abertura da edição 2013 do Passeio a Raposo (Itaperuna, RJ)

Ricardo – Um dos principais fatores que viabilizam a realização dos eventos do nosso clube — além da alegria e do entusiasmo dos associados — é a ajuda que um núcleo dá ao outro, seja garantindo a presença nos eventos ou participando da organização dos mesmos, criando assim uma grande união que chamamos Família Rio Minas. Isso gera muita alegria em nossos eventos o que contagia os outros participantes, contribuindo para um resultado melhor.

VW Brasília 1974
R$ 22.000,00

R$ 80.000,00

VW Kombi 1973
R$ 150.000,00

R$ 45.000,00

Fiat Coupê 1995
R$ 60.000,00

FNM 2000 JK
R$ 120.000,00

R$ 32.000,00

Ford Verona GLX 1.8
R$ 30.000,00

R$ 25.000,00

R$ 14.000,00

  Acompanhamos em diversos eventos todo o trabalho, dedicação e preocupação de sua esposa Ana com todos e com o clube. Nos fale sobre essa união tão saudável de família e carros antigos.

Ricardo – Minha esposa tem sido, ao longo de toda minha vida, minha companheira, incentivadora e motivadora de minhas ações. Certamente a sua participação torna tudo muito mais fácil e isso faz uma grande diferença na minha vida de antigomobilista. No clube ela abraça a todos como uma grande mãe e me auxilia exercendo diversas funções, procurando sempre a união, integração e companheirismo, não somente do associado, mas também de todas as esposas e filhos, que hoje são todos como de nossa família. Também temos encontrado novos amigos de diversos clubes, que ela com muita satisfação, dedica e recebe amizade e carinho, fazendo com que cada reencontro seja uma grande festa.

Ricardo e Ana Maria: quase 30 anos de companheirismo e cumplicidade

  Presidir um clube com diversos núcleos não deve ser uma tarefa muito fácil. Como você avalia a sua gestão até a presente data?

   Nossos carros sempre têm alguma história ligada à nossas vidas, de modo que a cada viagem, entramos num “túnel do tempo” e revivemos momentos maravilhosos.

Ricardo – Procuramos conduzir o clube, dando a maior autonomia possível aos diretores de núcleos, dividindo assim a tarefa de gestão. Contamos também com uma dedicada diretoria o que facilita o nosso trabalho. Num primeiro momento, nos dedicamos ao aumento do número de núcleos e de associados e agora considerando estas metas alcançadas, estamos nos concentramos na organização do clube como um todo.

5.gif Nos encontros ouvimos muitas histórias do quanto significa determinada marca de carro para uma pessoa, das lembranças de infância e de muitas outras recordações. De onde vem sua paixão pelos carros Antigos e qual o seu xodó sobre rodas?

Ricardo – Desde minha adolescência, tenho carros antigos, e minha esposa desde esta época, me acompanha. Mas foi há pouco tempo que começamos a participar do clube e dos eventos. Nossos carros sempre têm alguma história ligada à nossas vidas, de modo que a cada viagem, entramos num “túnel do tempo” e revivemos momentos maravilhosos. Mas sem dúvida nosso VW SP2 é o carro que mais me emociona, sendo o preferido de minha esposa.

À esquerda, Ricardo na adolescência, ao lado de um Ford A e com Ana em um MP Lafer. À direita, ele e Ana atualmente posando ao lado do xodó SP2

  Que eventos ainda estão por vir para 2013?

Ricardo – Estamos aguardando ainda a confirmação da realização dos eventos de Macaé, Rio das Ostras e Santa Maria Madalena, lembrando que todos os núcleos realizam encontros mensais e alguns encontros semanais.

  Qual a sua visão do antigomobilismo no Brasil? Precisamos melhorar de alguma forma? Alguma sugestão?

Ricardo – Como sempre digo, o ambiente antigomobilista é sempre muito fraterno e familiar, e possui uma interessante característica: primeiro se faz um amigo, para depois, saber qual é sua atividade profissional, tornando assim o ambiente bem desinteressado, ou melhor, o único interesse se faz em função da paixão pelos automóveis.
Mas o brasileiro sempre foi apaixonado por automóveis, e este fato é responsável por muitos sonhos e aspirações às vezes não alcançados. Hoje, com o auxílio das mídias, muitos percebem que é possível com os “Antigos” realizar parte destes sonhos ou relembrar a presença dos carros em importantes momentos de suas vidas. Isto faz com que o antigomobilismo cresça de forma nunca vista antes, o que nos leva cada vez mais à responsabilidade de regulamentar e orientar como devem ser os critérios de preservação dos automóveis. É nisso que precisamos melhorar, estimulando a preservação, sempre procurando retratar a cultura da época.
Como sugestão, acreditamos que os eventos dinâmicos (passeios, raids, etc..) atrairão cada vez mais público e patrocínios.

Jadir, Edvar, Gissa e Fábio: alguns dos companheiros de clube

  Tem sido cada vez maior a participação dos chamados “novos clássicos” nos encontros. São os automóveis fabricados nos anos 1980, 90 e até 2000. Como dirigente de clube de automóveis antigos como você vê a participação desses veículos mais modernos?

   Nossos carros sempre têm alguma história ligada à nossas vidas, de modo que a cada viagem, entramos num “túnel do tempo” e revivemos momentos maravilhosos.”

Ricardo – Com o emprego de novas tecnologias nos automóveis, a tendência é ficar cada vez mais difícil restaurá-los, o que nos leva a acreditar que em breve, para essas décadas citadas, somente carros preservados poderão ser vistos nos eventos. Com a participação dos “novos clássicos”, estamos estimulando esta preservação e evitando que num futuro próximo tenhamos poucas unidades destes modelos em exposição.

  9.gifCaso alguma cidade queira fazer parte dos núcleos do Rio Minas como devem proceder? Quais os critérios para que ela seja aceita?

Ricardo – Como premissa básica, precisa ter a disposição de se associar, tendo como argumento o antigomobilismo. A partir daí, participar com o núcleo mais próximo das reuniões e encontros, criando um grupo novo de associados e quando sentirem segurança na condução deste grupo, efetivar o novo núcleo. Lembramos que a filosofia inicial de união para consolidação do clube continua como tônica principal, mas quando um núcleo atinge um bom número de associados e tem experiência suficiente, pode se transformar num novo clube.

Momento do encontro anual de Macaé em 2012, ainda sem data marcada para 2013

 Nossa entrevista está chegando ao fim e deixamos aqui com a palavra o grande amigo e presidente Ricardo Deslandes, a quem agradeço imensamente pela grande colaboração ao Portal Maxicar e a todos que nos prestigiam com suas visitas, para que possam conhecer um pouco sobre os clubes de carros antigos brasileiros.

Ricardo – Gostaríamos de agradecer a toda diretoria do nosso clube, pelo empenho, estímulo e alegria com que participam. Gostaríamos também de parabenizar ao Portal Maxicar pela relevante contribuição que vem prestando ao antigomobilismo, registrando que as divulgações realizadas, são responsáveis por grande parte do sucesso de nossos eventos.
A vocês, Fernando e Fátima, agradecemos o carinho e a amizade que nos dedicam.
A todos que aguardamos revê-los nos próximos eventos, nosso muito obrigado e um grande abraço.

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