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O templo… Interlagos!

O templo… Interlagos!

*Luiz Salomão

Tenho muito prazer de falar sobre Interlagos, uma extensão da nossa casa, como dizem vários comparsas. E sempre que posso vou aperfeiçoando o conteúdo sobre tal.

A intimidade com Interlagos, nosso Templo do Automobilismo brasileiro, começa a uns 500 km de distância nos idos 60, em Petrópolis, cidade em que tive os primeiros passos automobilísticos. Depois de ficar acelerando os DKWs que meu primo participava em provas de rua no circuito petropolitano, vim ver de perto o “Autódromo de Interlagos”.

As vindas para São Paulo de meu primo para pegar peças e saber mais sobre preparação do seu DKW me levaram a acompanhá-lo e numa dessas visitas conheci, hoje grande amigo, o “negão” Miguel Crispim. Nesse mesmo dia fui para Interlagos e fiquei tonto com o tamanho da pista.

A intimidade com Interlagos, nosso Templo do Automobilismo brasileiro, começa a uns 500 km de distância nos idos 60, em Petrópolis, cidade em que tive os primeiros passos automobilísticos. 

“Quanta curva e olha só a reta, subida e descida e que miolo fantástico”, fiquei com um nó na garganta…de alguma forma tinha que percorrer as subidas e descidas da pista e para minha felicidade estavam treinando DKWs, Simcas, JKs, Berlinetes e Gordinis. Depois de algum tempo de box, estava eu já enturmado e ajudando a arrancar os pára-choques de um DKW, que foi para pista amaciar motor.

Com meu primo eu sempre estava no meio dos pilotos e fuçando e observando tudo que podia na mecânica, o que me deram o titulo de mascote da galera. Quando vinha para Interlagos, sempre ficava no “Sargento”, porque dava para observar bem a pista e não perder o que mais gostava, as disputas no miolo.

Bom, essa fase foi até os treze anos de idade, porque depois já caminhava pelos próprios pés e vinha para Interlagos, com a desculpa de ir para Santos, visitar um tio que morava por lá. As corridas no Interlagos antigo eram mágicas, todo aquele povo, os carros, os mecânicos correndo para de um lado para outro, o cheiro forte de gasolina misturado com óleo (usada nos motores dois tempos), era um tremendo agito e muito romantismo.

Passados alguns anos, voltei a Interlagos e fui apresentado a seu “Chico”, na época administrador da pista e tive o prazer de conversar horas sobre os “bastidores” do automobilismo no Brasil.

Foram tantas subidas de montanha (adoro essas provas), que carimbei vários tempos de recorde. Tentávamos lembrar o romantismo do passado…

Por anos participei de provas da APCAH (Associação de Pilotos de carros Antigos e Históricos) pilotando a minha barata, uma Fuca de 1200cc com “kit Okrasa” alemão, preparação igual aos que competiam nos anos 60 (permanece inalterada até hoje a barata).

Foram tantas subidas de montanha (adoro essas provas), que carimbei vários tempos de recorde. Tentávamos lembrar o romantismo do passado…

Em Interlagos sinto-me em casa, à vontade, mas quando olho para pista com o traçado atual, me vêm sempre na lembrança o Interlagos original, com as curvas do Sargento, Ferradura, Sol, curva 1, 2, 3…dos momentos mágicos passados ali de um “enfant terrible…” é isso!

 

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Luiz Salomão é designer, jornalista, mecânico, metido a piloto e arteiro de primeira.

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