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XXIV Encontro de Automóveis Antigos do Rio de Janeiro, RJ

O local é amplo e com muito verde. Ideal para quem quer relaxar no clima gostoso da Serra Fluminense

XXIV Encontro de Automóveis Antigos do Rio de Janeiro, RJ

E os veteranos subiram a Serra…

Tradicional evento carioca aconteceu este ano em Petrópolis

[dropcap]F[/dropcap]amoso no Brasil inteiro como o ‘evento do Forte de Copacabana’, este ano o encontro anual do Veteran Car Clube do Brasil – Rio de Janeiro mudou de endereço. O local escolhido foi o Hotel Vale Real, em Itaipava — o charmoso distrito de Petrópolis — distante cerca de 70 quilômetros da Capital. A data cativa do feriado do Dia da Independência foi mantida, embora este ano tenha caído no domingo. Começou sexta-feira, dia 5 de setembro.

O recém eleito presidente da FBVA, Roberto Suga (ao microfone), dicursa diante da diretoria do VCC-RJ e da representante da Prefeitura de Petrópolis, Ivani Noel

Em 2007 o amplo espaço do Vale Real já havia sediado este encontro, e como em 2014, fez bastante sucesso, recebendo não apenas os antigomobilistas cariocas e fluminenses, mas também os mineiros e capixabas, além de conhecidos colecionadores e promotores de eventos de São Paulo, caso do casal Edenise e Nilson Carratu — organizadores do Encontro Paulista (Campos do Jordão – SP) e de Mingo Abonante, que ao lado do seu filho Júnior assumiu este ano o evento anual de Águas de Lindóia –SP. Pai e filho são os responsáveis também pelo encontro mensal que acontece no Parque da Luz, na Capital Paulista. Presença também de um representante do Nordeste, do Clube do Carro Antigo da Paraíba, com sede em João Pessoa.

CONFIRA ABAIXO A LISTA DOS VEÍCULOS PREMIADOS

Prestigiou a festa também o recém empossado presidente da Federação Brasileira de Veículos Antigos, Roberto Suga. Em seu discurso na abertura oficial do evento, Suga lembrou o desafio que é para os clubes de antigomobilismo, sensibilizar o poder público local e os patrocinadores sobre a importância cultural e turística de um evento deste tipo. Ele aproveitou a oportunidade para empossar mais dois Diretores Regionais da entidade: Gustavo Tostes – Região Metropolitana do Rio de Janeiro; e Geronço Bragança – Norte Fluminense, Região dos Lagos e do Estado do Espirito Santo.

Em sentido horário, a partir do alto: Hudson Eight 1936, Ford Super de Luxe 1941, Cadillac Coupê 1941 e Cadillac Conversivel 1941

Seguindo a escrita de mais de duas décadas, o público pode admirar automóveis pouco vistos em outros eventos brasileiros, com o número de importados tendo talvez superado o de brasileiros. Começando pelos norte-americanos, da fase pré II Guerra Mundial um Hudson Eight 1936, os populares Chevrolet Master 1938 e Ford Super De Luxe 1941, e dois luxuosos Cadillacs fabricados no mesmo ano: um verde Conversível e um preto Coupê, com sua longa retaguarda.

Hudson pacemaker 1951 e Buick Eight Sedanet 1950. Ambos modelos raros no Brasil

Dos exemplares fabricados imediatamente após o conflito, um Chevrolet Fleetline 1948, um estiloso e raro Hudson Pacemaker 1951 e um ainda mais raro Buick Eight Sedanet 1950, ambos pertencentes ao mesmo colecionador.

dupla de Chevrolets: o verde o Impala 1960; o vermelho o Bel Air 1959

Lado a lado, dois ícones do design da General Motors do final dos anos 1950 – conhecido pelo exagero estilístico: um Bel Air 1959 e um Impala 1960, ambos com a traseira apelidada de ‘asa de gaivota’.

Thunderbird 1960 da segunda geração. Nesta fase, ele já começava a ‘esticar’

Chegando aos anos 1960 um magnífico Cadillac Conversível 1961, os esportivos Thunderbird 1960, Corvette Conversível 1954 e um cultuado Corvette 1963 — modelo com vidro traseiro bi-partido (exclusivo deste ano) que marcou o lançamento do Stingray e da segunda geração. Não por acaso, este Corvette foi eleito o melhor esportivo.

O mítico Corvette Split de 1963. Modelo de chegada da segunda geração

Da linha Chevrolet “full-size” de 1963 dois representantes: o modelo básico Biscayne Sedan, de Nelson Geraidine e o top de linha Impala SS Conversível, de Nilson Carratu. Importante observar que o Biscayne é hoje um modelo bem raro de ser encontrado, justamente por seu perfil ‘popular’.

Nelson Geraidine e Nilson Carratu: o mais simples e o mais sofisticado Chevy de 1963

Entre os diversos modelos europeus, nos chamou a atenção:
– os cinco exemplares da linha MG, com destaque para o raro MGA 1960, que pertence ao antigomobilista Max Acrísio há quase 40 anos;
– os dois fantásticos Austin Healey 3000 MK III também dos anos 1960. Impossível apontar o mais bonito!
– os diversos Fiat dos modelos 850 Sport Spider 1968, 500 “Topolino” 1949 e os 600 S de 1969 e 1971, que na verdade não são europeus de verdade, já que foram produzidos na Argentina. O exemplar verde, é o xodó da familia do antigomobilista Cleber Amorim, de Belo Horizonte, e recebeu o muito adequado e carinhoso apelido de “Azeitona”. Foi escolhido pelo voto popular o melhor veículo do evento.

MGs em primeiro plano, com Mercedes Benz ao fundo.

– os requintados e ‘classudos’ Mercedes- Benz, com destaque para a 280 SL Pagoda 1971 e para a dupla de 280 SE, uma Coupê e outra Conversível.
– o Citroën 2CV 6 Club 1988 com seu panorâmico teto solar, que quando aberto, o torna ‘quase’ um conversivel.
– os três Fuscas alemães: o ‘split’ 1951, o ‘oval’ 1957 e o Cabriolet 1962.

Os dois incríveis Austins Healey e o Fiat 600 S — o Azeitona — eleito pelo voto dos visitantes

Entre os modelos nacionais, destacamos os três Gordinis levados ao evento pelo restaurador Nelson Cintra, entre eles um curioso ‘street’ de duas portas criado por ele.
Muito raro de ser encontrado em seu padrão original, o GTE Spyder 1971 foi a primeira versão conversível do Puma. O exemplar azul de Itaipava mantém não apenas o aerofolio traseiro, que muitos duvidam ser um item de fábrica, além da capota rígida, um acessório que na época não agradou e hoje se tornou uma verdadeira ‘mosca branca’. Eleito o melhor nacional da década de 1970.

No alto Nelson Cintra e dois de seus Gordinis e abaixo exemplares da linha Dodge nacional e o Puma GTE Spyder com seu pouco harmônico aerofolio
No alto Nelson Cintra e dois de seus Gordinis
Abaixo, exemplares da linha Dodge nacional e o Puma GTE Spyder com seu pouco harmônico aerofolio

Da linha Volkswagen, três exemplares do 1600 ‘Zé do Caixão’, dois normais e um de Luxo, azul marinho com teto preto. Presença forte também dos Opalas; da linha Dodge com um Dart Coupê e dois Polaras; e de impecáveis Galaxies, incluindo o Landau que serviu ao Papa João Paulo II durante sua estadia no Rio em 1980.

A linha de pick-ups foi para lá de sortida, com modelos americanos e nacionais: Willys Overland 1951, Ford F1 1948 e 1951, a sua sucessora Ford F100 1958 e 1973, Chevrolet C10, International 1948, Chevrolet 3100 “Marta Rocha” 1956.

Militares e pick-ups muito bem representados

Os veículos militares compareceram em grande número. Jeeps, veiculos de combate, VW Kübelwagen 81 (segunda geração, dos anos 1970) e até uma replica do Kubelwagen da era nazista foram alguns dos modelos em exposição. O pessoal do Imperial Jeep Club aproveitou para convidar para o X Encontro Brasileiro de Preservadores de Viaturas Militares, que acontece entre os dias e 12 de outubro, no Parque de Exposições de Petrópolis, também em Itaipava.

O original e a réplica do Jaguar XK120. Jogo dos sete erros…

Muito fotografadas as réplicas do Bugatti Type 35B 1927 (com mecânica Volkswagen) e do Shelby Cobra 1965 (com mecânica do Ford Galaxie). Por falar em réplica, os mais atentos puderam notar a presença de dois exemplares do Jaguar XK 120. Ambos verdes (a tradicional cor dos esportivos britânicos) e quase idênticos. Um é um legítimo exemplar fabricado na terra de ‘Sua Majestade’ produzido em 1953. O outro, uma réplica em fibra de vidro de 2010, com mecânica GM e fabricada aqui mesmo. Comparada ao original, a qualidade da reprodução fabricada pela Americar impressiona. O que a denuncia é o fato de sua grade dianteira ser um pouco mais larga que a original. A explicação é que a replica da marca “Bola” criada em 1982 e que deu origem a este Americar, utilizava o chassi do Opala, cuja bitola era cerca de 10 cm mais larga que a do XK verdadeiro. Por isso, foi necessário alargar um pouco a carroceria. Quem já teve a oportunidade de guiar as duas versões, diz que a réplica é muito melhor!

 

Texto: Fernando Barenco
Fotos e edição:
Fátima Barenco e Fernando Barenco

   EXPOSIÇÃO     MOMENTOS

[one_half]VEÍCULOS PREMIADOS

Década de 1940 – Chevrolet 1948
Década de 1930 – Chevrolet 1938 Master 4 portas
Década de 1940 – Ford Prefect 1948
Destaque Especial Década de 1940 – Cadillac 1947 4 portas
Década de 1950 – Cadillac 1952 Fleetwood Conversível
Década de 1950 – Volvo 544 1959
Década de 1960 – MG Midget 1968
Década de 1960 – MGB Roadster 1965
Destaque Especial Década de 1960 – Ford Thunderbird Conversível 1960
Década de 1960 Nacional – Willys Interlagos Conversível 1965
Década de 1960 Nacional – Galaxie 500 1968
Década de 1970 Importado – Lincoln Continental MK V 1977
Década de 1970 Importado – Mercedes Benz /8 1975
Década de 1970 Nacional – Fiat 147 Rallye 1979
Década de 1970 Nacional – Puma 1971 GT Spyder
Década de 1980 Importado – Chevrolet Caprice 1980
Década de 1980 Importado – BMW 635 CSI
Década de 1980 Nacional – VW Passat GTS 1983
Década de 1980 Nacional – Ford Landau 1983
Futuro Classico – Got GTI 1996
Melhor Italiano – Fiat 500 1950
Melhor Utilitário – Willys 1951
Destaque Utilitário – Ford F100 1972
Maior Distância Percorrida – VW 1600 (zé do caixão) 1970
Melhor Esportivo – Corvette Split Window 1963
Votação Popular – Fiat 600 1969
Troféu José Aurério (FBVA) – Aero Willys 1960
Melhor Restauração Recente – Impala 1960 4 portas.
Best of Show – Austin Healey 3000 1967[/one_half_last]

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