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São Paulo/Argentina: 5.000 km de aventura a bordo de dois DKWs

A aventura começou em Campinas-SP e terminou na Provincia de Buenos Aires, Argentina

viagem

São Paulo/Argentina:
5.000 km de aventura a bordo de dois DKWs

Quatro amigos partiram de Campinas para participar da Autoclásica 2014, na Província de Buenos Aires

[dropcap]O[/dropcap] Portal Maxicar esteve fazendo a cobertura da edição 2014 da Autoclásica, um evento que acontece anualmente próximo a Buenos Aires, na Argentina e que é considerado o mais importante do gênero na América do Sul, atraindo inclusive a atenção de muitos brasileiros.

Ao chegarmos ao Hipódromo de San Isidro, palco dessa grande festa, encontramos no espaço dedicado ao DKW Clube da Argentina dois DKWs com placas do Brasil: um de Limeira e o outro de Campinas, ambas cidades do interior de São Paulo. Ficamos curiosos, mas naquele momento não conseguimos localizar ali os proprietários dos carros. Queríamos saber como haviam chegado ali, mas imaginamos que os carros haviam sido despachados do Brasil num caminhão plataforma e que seus tripulantes haviam viajado confortavelmente de avião até a Argentina.

No início dessa semana, recebemos via WhatsApp uma simpática mensagem, que dizia: “Prazer falar com vcs. Sou Eliseu de Limeira, e junto com outros amigos fomos rodando de DKW para a Autoclásica na Argentina. Foram 5.150 km ida e volta. Vi que vcs citaram nossa presença na cobertura do evento. Se quiserem mais detalhes, estamos a disposição.”

Pois aí está o relato dessa mega aventura:

VEÍCULO #1

DKW Vemaguet. Cor vermelha, ano 1964.
Placa IDO 8449.
Condutor:
Eliseu Daniel dos Santos.
Co-piloto:
Roberto Plácido Joaquim

VEÍCULO #2

DKW Belcar. Cor bordô, ano 1967.
Placa DHY 6767.
Condutor:
Mário Luis Menezes.
Co-piloto:
Raimundo Orru de Oliveira Junior

 

[box type=”shadow” ] DIÁRIO DE BORDO

Na foto da esquerda, Mario Luis Menezes, Raimundo Orru de Oliveira Junior, Roberto Plácido Joaquim e Eliseu Daniel dos Santos: o inicio da jornada, em Campinas, SP. À direita, passagem por Blumenau, SC

05/10/2014 – Saímos de Campinas às 10h15, com destino a Blumenau – SC, onde nos aguardava o amigo Otto Bayer. Concluímos a etapa às 20h40, tendo rodado 730 km, quando fomos recebidos no Hotel Rex (de propriedade do Otto). Pernoitamos em Blumenau.

Em Porto Alegre, RS uma foto em frente à Arena do Grêmio

06/10/2014 – Saímos de Blumenau às 08h30 com destino a São Sepé – RS (próximo a Santa Maria). A passagem na cidade deu-se para encontrar com o amigo Oneide Peranzoni, que providenciou as Cartas Verdes para os veículos (exigida nos países do Mercosul). Chegamos em São Sepé às 20h00. Percorremos 839 km neste segundo dia. Pernoite no Hotel Vila de Malta.

07/10/2014 – Saímos de São Sepé por volta das 11h00. Após manutenção de limpeza do giclê principal da Vemaguet, com destino a Santana do Livramento. Chegamos em Livramento por volta das 16h00. Fizemos a “permisso” para adentrar no Uruguai na cidade de Rivera. Pernoitamos em Livramento. Percorremos neste dia apenas 258 km.

Os DKWs na fronteira Brasil – Uruguai

08/10/2014 – Saímos de Livramento às 09h30, após aplicação de graxa em rolamento do Belcar. Chegamos no Uruguai pela Rota 26, seguimos até Tacuarembó. Nesta cidade tivemos um episódio engraçado: a frentista encheu o tanque com “gas oil”, ou seja óleo diesel, e não “nafta”! Ainda bem que vimos a tempo, esgotamos o tanque, e reabastecemos de forma correta e seguimos viagem até Paysandu, ainda na Rota 26 (divisa com Argentina). Por volta das 16h30 passamos na Aduana, procedemos baixa no permisso Uruguaio e fizemos o novo permisso Argentino. Depois dos trâmites burocráticos, chegamos à Argentina por volta das 17h30, na cidade de Colon. Acessamos a Rota Federal 14, seguimos até Gualeguaychu, onde pernoitamos. Distância percorrida no dia: 453 km.

A chegada ao Hipódromo de San Isidro, no primeiro dia do evento, foi debaixo de chuva

09/10/2014 – Saímos cedo, por volta das 08h30. Por cautela, procuramos uma oficina de escapamento, para reforçar o escape traseiro do Belcar, evitando que quebrasse no trajeto seguinte. Por volta das 12h30 seguimos viagem no trecho final de ida, seguindo até San Izidro. Chegada no local de exposição da Autoclásica às 17h00. Distância percorrida no dia: 211 km.

os DKWs brasileiros ficaram ‘hospedados’ no stand do DKW Club da Argentina

10, 11 e 12/10/2014 – Visita e participação na Autoclásica, onde colocamos nossos carros em exposição no stand do DKW Club da Argentina.

13/10/2014 – Saída às 12h00 de San Izidro. Acessamos a Rota 14, seguimos até Colón; adentramos no Uruguai na cidade de Paysandu. Houve um episódio interessante na aduana Uruguaia: o policial desconfiou do grande número de frascos de óleo dois tempos que eu possuía; depois de vários esclarecimentos, fomos liberados. Atravessamos todo o Uruguai, passando pela cidade de Tacuarembó. Chegando em Rivera às 23h00, horário local. Demos baixa na “permisso”, seguimos para Santana do Livramento, onde pernoitamos. Distância percorrida no dia: 664 km.

De volta para casa: uma parada na fronteira entre Argentina e Uruguai

14/10/2014 – Saída às 09h00 de Livramento, seguimos até São Gabriel, onde almoçamos. Após, seguimos até Tramandaí – RS, onde pernoitamo: distância percorrida no dia: 606 km.

Em Laguna, SC um almoço à beira-mar

15/10/2014 – Saímos de Tramandaí às 08h30, seguimos até Laguna – SC, onde almoçamos. Depois seguimos até Curitiba, sendo recebidos por diversos amigos do DKW Clube. Jantamos no Madalosso (Santa Felicidade), pernoitamos no Hotel Bristol. Distância percorrida no dia: 642 km.

Onze dias e mais de 5.000 quilômetros depois, a chegada em Campinas, SP

 16/10/2014 – Partimos de Curitiba às 09h00 e seguimos para Campinas – SP. Chegamos na Casa do Marinho Menezes por volta das 16h30. Depois que desfizemos as malas dos amigos de Campinas, eu, Eliseu, segui até Limeira, onde moro, rodando mais 57 km. Distância percorrida no dia: 699 Km.

Em toda viagem, gastamos 510 litros de gasolina e 14 litros de óleo dois tempos. Nenhum dos carros apresentou qualquer quebra de peça considerada grave. Prescindiram apenas de pequenas manutenções preventivas, sem, contudo, comprometer a programação da viagem. Não contamos com carro de apoio e, na eventualidade de qualquer pane, possuíamos as principais peças de reposição, que felizmente não foram utilizadas. A exceção do escapamento do Belcar e a necessidade de troca de três câmaras de ar da Vemaguet (por precaução, pois estavam com pequenos vazamentos de ar no bico, por falha de fabricação), nenhum outro problema foi apresentado pelos veículos.[/box]

 

Relato: Eliseu Daniel dos Santos
Texto de introdução e edição: Fernando Barenco
Fotos: membros da viagem e Portal Maxicar

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