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13º Encontro de Veículos Antigos Nacionais do Rio de Janeiro, RJ

Em primeiro plano, Puma GTB Série II (e), Puma GTE e Puma GTS. Alguns dos diversos exemplares no evento

13º Encontro de Veículos Antigos Nacionais do Rio de Janeiro, RJ

Os 50 anos de uma fera

Encontro lembrou o cinquentenário de um bem sucedido fora-de-serie brasileiro

[dropcap]O[/dropcap] Puma foi a grande estrela da 13ª edição do Encontro de Veículos Antigos Nacionais do Rio de Janeiro, promovido com a maestria de sempre pelo Grupo AGMH Antigomobilistas, que aconteceu no último domingo, 17 de agosto. Foi uma homenagem ao cinquentenário desse fora-de-série nacional — cujo design se recusa a envelhecer depois de todos esses anos — lançado em 1967, mas que tem suas origens em 1964. Saiba o porquê no box abaixo.

O presidente do Puma Clube do Rio de Janeiro, André Morral (e) recebe a placa pelos 50 anos do Puma. A direite, alguns membros do clube, que receberam um diploma especial das mãos dos membros do AGMH

Dos primeiros GTE com bolhas nos faróis — o mais antigo deles um prata de 1972 (foto acima) — passando pelo conversível GTS e pelo GTI dos anos 1980, além do GTB Série I e II, o modelo maior com mecânica GM, foram ao todo uns 15 Pumas, a grande maioria pertencente aos quadros do Puma Clube do Rio de Janeiro, que foi homenageado pela organização, com uma placa comemorativa, entregue ao presidente da entidade, André Morral. Os ‘pumeiros’ presentes receberam um certificado especial alusivo à data. Acesse abaixo nosso album ‘Homenagem’.

Visão parcial do Museu Conde de Linhares: lotação esgotada e sucesso de público

O sucesso alcançado pelo carismático evento foi aquele de sempre: por volta das 9 horas da manhã — antes mesmo dos portões serem abertos para a visitação pública — já não haviam muitas vagas dentro do pátio do Museu Militar Conde de Linhares, espaço que há anos é o ‘quartel general’ desse encontro. Os que chegaram depois desse horário tiveram que se contentar em estacionar na rua em frente. Uma espécie de encontro paralelo. Um fato na verdade corriqueiro nos ‘encontros do museu’.

Quem não conseguia entrar, estacionava seu carro em frente ao prédio do Museu

Como o próprio nome diz, trata-se de um ‘Encontro de Veículos Antigos Nacionais’, mas democrático que é, sempre recebe muito bem os importados, que desta vez não foram muitos, entretanto estiveram bem representados. Diversos Jeeps militares americanos das marcas Ford e Willys oriundos da II Guerra Mundial, se misturaram ao acervo do próprio museu.

O magnífico Cadillac Conversível 1950, com sua bela combinação de carroceria vermelho vinho com capota bege, foi um dos estrangeiros mais fotografados. Esbanjando simpatia, uma pick-upinha Chevrolet 1/2 tonelada 1937. E bem a seu lado, uma Ford Ranchero, pick-up baseada no automóvel de passeio LTD II. O exemplar em exposição no evento foi fabricada em 1979, o último ano de produção da Ranchero.

Em sentido horário, a partir do alto: Cadillac Conversível 1950, Pick-up Chevrolet 1/2 tonelada 1937, Ford Ranchero 1979 e Mercedes Benz 230 1968

Também presentes alguns exemplares da Mercedes Benz como uma clássica 230 fabricada em 1968 com seu discreto ‘rabo de peixe’ e uma esportiva SL de 10 anos depois. E ainda uma compacta 190E de 1986.

Quem curte Volkswagens certamente não deixou de notar no Fusca 1953 azul. De especial, além de ser um alemão, o fato de ser um exemplar de transição, apelidado de “Zwitter” (que em alemão significa hermafrodita). É que ele ainda possui as vigias traseiras bi partidas (split), mas o painel de instrumentos já é do modelo fabricado a partir do segundo semestre daquele ano (com vigia traseira oval). Trata-se de uma das mais raras versões do Fusca nos anos 1950.

Fusca Zwitter: painel diferente dos modelos “split” fabricados até 1952

Falando em Fuscas, presença das caravanas dos grupos Dukes e Low Bugs, com seus VWs para lá de incrementados, com muitos acessórios de época, suspensões rebaixadas e vários com ferrugem aparente, no estilo ‘rat’, tendência em todo o Brasil.

Entre os esportivos nacionais, além dos Pumas, um belo conjunto de Miuras representando o Miura Clube do Rio de Janeiro, entidade que aliás, vem fazendo um belo trabalho de preservação desse modelo que marcou época em nosso país.
Incomum também foi a quantidade de Karmann Ghias, com destaque para o Coupê 1970, do antigomobilista Paulo Affonso Salvini, de Petrópolis – RJ e o Conversível também 1970, com licença de Pati do Alferes – RJ

Uma dupla de Karmann Ghias de alto padrão: um coupê e outro conversível

Entre os diversos Opalas, destacamos dois exemplares da versão esportiva SS, ambos vermelhos. O primeiro, o 4 portas 1971, de Alex Fernandes, já foi comentado por nós em coberturas anteriores. Já o segundo ainda não conhecíamos. Trata-se do Coupê 1974 de Ivo Moreira Pinto. Ele nos contou que adquiriu o carro de um amigo de bairro que o possuía há muitos anos. O Opala foi restaurado seguindo a risca o padrão original e obteve 94 pontos na vistoria para a Placa Preta. Um belo carro, realmente.

Que belo quarteto de Miuras!
O Opala SS 1974 do Sr. Ivo preserva todos os detalhes originais e obteve expressiva pontual na vistoria para placa preta

Como de hábito, foi excepcional a presença de público neste festa carioca organizada pelos amigos Armando, Guilherme, Max e Hélio (os AGMH), com o auxilio imprescindível dos companheiros Gomes, Paulão e Toninho. Aproveitamos a oportunidade para deixar um convite: essa turma estará realizando entre os dias 12 e 14 de setembro o 5º Encontro AGMH de Veículos Antigos, em Caxambu – MG. Em paralelo, o Encontro Nacional do Passat que comemora os 40 anos do modelo, organizado pelo Passat Clube RJ e HP do Passat. Este evento tem o apoio do Portal Maxicar. Informações: agmhantigomobilistas.com.br. Não perca, de jeito nenhum!

Texto: Fernando Barenco
Fotos e edição:
Fátima Barenco e Fernando Barenco

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